As 3 forças que redesenharam o mercado cloud

A nuvem mudou radicalmente a estrutura de comercialização e impactou profundamente o modelo de distribuição de tecnologia. A evolução do conceito, porém, fez os distribuidores reverem seus posicionamentos, modelos de atuação comercial e processos para atuarem no mundo cloud. O que era algo que poderia ser definido como uma ameaça intransponível há alguns anos, tornou-se uma oportunidade de negócios sem precedentes.

O surgimento da nuvem, lá no início dos anos 2000, trouxe novas dinâmicas ao setor. Empresas que nasceram naquele momento propuseram uma ruptura completa com o modelo de negócio vigente e, em muitos casos, passaram a vender diretamente aos clientes finais.

Nesse contexto, Marc Bennioff, fundador da salesforce. com, rodava os Estados Unidos dando palestras que podiam ser consideradas ferramentas poderosas de vendas de soluções entregues como serviço aos usuários.

Nascia o conceito “no software”. A Amazon Web Services (AWS) trazia com a possibilidade de comprar capacidade computacional extra, ao alcance de alguns poucos cliques, pagando com o cartão de crédito!

Essa abordagem, chamada de desintermediação, causou uma ruptura no ecossistema tradicional de TI. Afinal, impactou gigantes da indústria que forneciam tecnologia em um modelo comercial forjado ao longo de décadas, em uma cadeia composta por três elos: fabricantes, distribuidores e revendas.

Grandes players começaram a buscar alternativas para enfrentar estes concorrentes entrantes e uma das primeiras tentativas foi replicar o modelo de entrega direta aos clientes finais através da nuvem. As características da cloud, com preceitos de elasticidade sob demanda e custo de acordo com o consumo, conquistaram o mercado, inicialmente, de pequenas empresas. À medida que ganhava maturidade, o conceito de “pagar apenas pelo que usei” passou a despertar o interesse de CxOs (especialmente CEOs e CFOs) também de grandes empresas. Foi nesse ponto que o jogo começou a mudar, novamente.

Três forças começaram a agir para desencadear esse rearranjo:

1. Surgimento de grandes projetos:
Quando a nuvem passou a interessar empresas de maior porte, os projetos ganham complexidade exigindo um braço robusto (interno ou externo) de serviços profissionais para implantação das migrações e entrega das soluções.

2. Capilaridade:
Para garantir a expansão junto à base da pirâmide de clientes, era preciso manter uma presença constante e manter o segmento energizado com o objetivo de fomentar o aumento do consumo de novas soluções tecnológicas em cloud.

3. Expansão:
À medida que players puramente cloud validavam seus modelos, eram necessários parceiros para localizar suas ofertas e avançar rumo a novos mercados. A convergência desses fatores fez com que tanto gigantes da indústria quanto empresas puramente cloud constatassem que não seria possível avançar sem a ajuda de um ecossistema de parceiros desenvolvido e capacitado para  alavancar oportunidades. Essas três forças redesenharam o mercado e o papel do distribuidor de tecnologia. Se no passado, sua função mirava crédito e logística, agora passa a atuar como um grande agregador de soluções em nuvem, viabilizando para as revendas a oferta de soluções agregando serviços de diferentes fabricantes para um determinado projeto. Além disso, o distribuidor ganhava peso na habilitação de um ecossistema capaz de impulsionar soluções em cloud. O distribuidor no mundo cloud tem um posicionamento estratégico, que vai muito além da  automatização, mas passa por ela. A constatação é que se é complexo para uma revenda trabalhar com um fornecedor no modelo cloud, imagine trabalhar com vários? Para esse negócio decolar, além de os fabricantes precisarem da capilaridade, é preciso agregar soluções para que a revenda consiga trabalhar com mais de uma oferta. Além disso, é preciso oferecer ferramentas que  permitam aos canais fazerem a transição para o mundo cloud, ajustando sua operação, mapeando oportunidades, disponibilizando recursos e promovendo a evangelização do mercado. Afinal, no modelo cloud, não basta trabalhar apenas de forma transacional. As revendas precisam entender as oportunidades de negócio na nuvem para controlar todo o ciclo de vida dos clientes, entregando e integrando soluções, e posicionando-se como os trusted advisors em quem as empresas confiam para avançarem no uso de tecnologia. O Gartner estima que os investimentos em ferramentas públicas de cloud ultrapassarão US$ 200 bilhões em 2016. Uma fatia expressiva desse montante passará pela distribuição, também aqui no Brasil. Todos os elos na cadeia de valor devem buscar a transformação de seu modelo de negócio, adaptando-se a este novo modelo, e a nuvem se mostra a grande oportunidade de negócios em 2016.

Este artigo foi produzido pela Área de Cloud da Ingram Micro e veiculado na Edição 2 Ano 1 da revista IM Magazine.

A Consolidação da Nuvem

Mercado já começa a virar a página de evangelização, e cloud computing se consolida com um novo padrão na adoção de TI. É preciso se posicionar agora para não perder essa oportunidade

Inovações tecnológicas vêm como ondas: levam algum tempo para se formar, atingem seu  pico e estouram poderosamente quando adotadas de forma massiva. Cloud computing extrapola essa metáfora. Por sua magnitude e poder de disrupção, o modelo se assemelha a um tsunami, que agora se consolida e chega com força total para revolucionar diversos mercados.

Depois de anos de evolução, o conceito atingiu um novo patamar e passa a ser uma realidade presente no dia a dia de praticamente todas as organizações ao redor do mundo. No Brasil e em toda a América Latina, isso não é diferente. Segundo uma pesquisa da Frost & Sullivan, que ouviu mais de 500 executivos, apenas 8% das companhias latino-americanas não utilizam sequer um serviço em nuvem.

O cenário reforça a ideia de que SaaS, IaaS e PaaS (siglas para software, infraestrutura e plataforma “as a services”, respectivamente) se aprofundam dentro das estruturas empresariais a ponto de virar um novo padrão.

A possibilidade de consumir recursos de TI de forma escalável e no modelo “pague pelo que usar” capturou a atenção dos executivos, que buscam otimizar custos, ganhar eficiência e ter agilidade e flexibilidade para proporem inovações que lhes ajudem a responder às demandas de um mercado globalizado e extremamente competitivo.

Na opinião de especialistas do Gartner, até 2020, uma empresa que não utiliza nenhum recurso em nuvem será algo tão raro quanto uma companhia sem conexão à web nos dias de hoje. Ainda de acordo com a consultoria, isso ocorrerá porque a indústria está se ajustando dentro de uma postura estratégica, chamada de “cloud-first” ou até mesmo “cloud-only” para composição de seu portfólio.

A expectativa é que até 2019, mais de 30% dos maiores fabricantes de TI do mundo já tenham completado a transição de suas linhas de produtos e adaptado todas as suas ofertas para rodarem em modelo de nuvem, que será virtualmente a opção padrão para quem quiser comprar infraestrutura, aplicações e softwares.

É possível acompanhar esse movimento sem grande esforço. Quando olhamos para o mercado, ano após ano, conseguimos mapear claramente os anúncios cada vez mais intensos nesse sentido, vindo de gigantes de TI como Oracle, HP, IBM, EMC, Microsoft, SAP, Symantec, Cisco e muitas outras.

A constância do crescimento anual das receitas com cloud observada nos últimos anos – que giram em patamares entre 20% e 30% (ou seja, índices muito acima do crescimento das receitas no mercado geral de TI) – é outro fator tangível da solidez da evolução da nuvem no mercado brasileiro.

Isso se intensifica com o aumento da oferta de ferramentas, que leva os usuários de um contexto de “cloud enabled” para o “cloud native”, ou seja, trocam investimentos pontuais no modelo para criarem uma abordagem onde o conceito é a premissa fundamental em sua estratégia digital de longo prazo. E essa é a nova realidade da nuvem.

O novo padrão

 

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O momento mostra que o mercado já começa a virar a página de evangelização. “Em diversas indústrias, essa conversa já passou”, resume Marcela Vairo, diretora de canais da IBM da Brasil, observando que não há mais tantas dúvidas conceituais e que os aspectos inibidores usados como argumento pelos compradores até pouco tempo começam a cair por terra em temas como segurança e governança de dados.

Em um primeiro momento – que podemos chamar de experimentação e descoberta do modelo – era confortável para as companhias usarem recursos cloud isolados, agora será necessário conectar essas peças para, então, rodar uma solução mais completa e aderente aos processos e rotinas de negócio.

A intensificação no uso de recursos em nuvem pelas empresas exigirá uma transformação da cadeia de suprimento.

À medida que passa a ser algo mais comum e presente nas rotinas empresariais, as companhias requerem integração entre as ferramentas. Não haveria de ser diferente. Rodrigo Garcia, gerente de canais da provedora de ferramentas de segurança da informação Trend Micro, observa o mercado ganhar corpo. “É uma questão de amadurecimento”, sintetiza o executivo. E essa maturidade tem deixado o mundo, por um lado, mais complexo.

“As nuvens se conectam entre si e se conectam com ambientes locais”, observa Marco Sena, diretor de vendas de soluções cloud da Cisco para América Latina, reforçando a ideia de que as empresas não adotarão apenas um modelo (a tendência aponta para ambientes híbridos) e, sequer, apenas produtos de um único fornecedor de cloud pública.

Essa é outra peculiaridade do momento pelo qual passa o mercado, desencadeando ajustes sistêmicos. Entregar soluções abrangentes, que contemplam ferramentas de mais de um fabricante, passa longe de ser trivial. Porém, inegavelmente, abre novas portas para geração de receitas.

É cada vez mais factível e necessário fazer vendas cruzadas de soluções para um cliente. “Com a nuvem, os canais conseguem potencializar suas margens e flexibilizar a disponibilidade de seus produtos e ofertas”, comenta Victor Gureghian, líder de canais da Microsoft no Brasil.

A ideia é que, por trás de um projeto de infraestrutura ou software como serviço, há uma oportunidade extra de agregar produtos complementares como, por exemplo, uma camada de serviço que, de um lado facilitará a vida dos usuários enquanto, de outro lado, aumentará a lucratividade do canal.

Sena, da Cisco, concorda. “Projetos de TI sempre exigirão a presença de uma empresa com conhecimento profundo para ajudar o cliente na transição a esse novo mundo”, acrescenta.  Entra em cena a figura do trusted advisor, aquele canal que além de vender tecnologia, é capaz de ajudar o cliente em sua jornada rumo a cloud, dando os direcionamentos para que aquela empresa vença a partir do uso de tecnologias nesse novo modelo de negócios.

Além disso, nesse contexto, emerge a necessidade de promover sinergias e maior correlação entre diversos elos da cadeia de fornecimento para geração de valor ao mercado. Criar um ecossistema passa a ser primordial. Essa estruturação contempla, nas pontas, os fabricantes e as revendas de TI.

No meio, estabelecendo a ponte entre esses dois organismos, encontram-se os distribuidores, que ganham cada vez mais espaço e desempenham função fundamental no ambiente de cloud.

A camada intermediária cumpre o papel de agregador de soluções de múltiplos vendors e assume a posição para facilitar o trabalho dos canais, reduzindo complexidade a partir de modelos padronizados de gestão, além de prover ferramentas que permitam que os canais aproveitem as oportunidades e sinergias, bem como facilitar a integração de tecnologias em seus clientes.

Importância dos ecossistemas

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Para a Oracle, está cada vez mais claro para o mercado que a adoção de cloud para que as empresas sejam mais competitivas e ágeis é primordial. “Por isso, nosso ecossistema tem sido preparado para encarar esta realidade com muito foco. Sabemos que para estarmos à frente, precisamos considerar que cloud é uma grande demanda e gera volume”, afirma Francislaine Muratorio, vice-presidente de Alianças e Canais da Oracle América Latina da Oracle. Além disso, Francislaine avalia, atuar com rapidez é uma estratégia crucial, bem como estar atento às possibilidades de que a oferta dá a oportunidade de ampliar a cobertura. Dentro deste contexto, os canais têm uma oportunidade enorme de aumentar seus planos de negócios, não só atendendo a esta demanda, mas também criando ofertas com outras soluções do amplo portfólio de produtos da Oracle.

“Nosso trabalho tem apoiado fortemente o ecossistema nesta transformação digital com muita capacitação não somente em vendas, pré-vendas, mas principalmente com capacitação técnica, a fim de garantir a qualidade na entrega dos serviços. Além do foco em solução, estamos dando visibilidade a diversas referências e casos de sucesso que destacam como transformar a empresa de on premise a cloud, quais os perfis a serem recrutados, como devem ser as propostas aos clientes, gerenciamento de projetos, suporte ao serviço prestado, entre outros. Em resumo, trabalhamos lado a lado para que os parceiros ajudem os clientes nesta transformação alinhados com a sólida estratégia da Oracle”, diz a executiva.

Indo um pouco mais a fundo nessa questão, de um lado temos os fabricantes, que precisam de um ecossistema forte de revendas para apoiá-los em suas estratégias de ida ao mercado. Ter essa base de aliados constitui-se em uma fortaleza para vencer enquanto o mundo migra para a nuvem.

Na outra ponta, os canais precisam evoluir sua camada de ofertas para entregar soluções mais amplas, que atendam as demandas desses clientes. Com a evolução do conceito de cloud, percebemos que dificilmente uma única marca resolverá todas as demandas de negócios de uma empresa.

No fim do dia, somente um grande número de parceiros capacitados permitirá que a indústria de TI esteja apta a cobrir o mercado, capturando oportunidades horizontais (por geografia) e/ou verticais (por indústria). Logo, conectar ferramentas de múltiplos vendors é fundamental, porém não é uma tarefa simples, especialmente pela complexidade de gestão trazida pelo relacionamento descentralizado, com condições contratuais e de níveis de serviços estabelecidos particularmente com cada um desses fabricantes.

E é justamente aí que o distribuidor de tecnologia assume papel fundamental: agregando soluções e unindo as pontas desse ecossistema cloud. A ideia é que uma rede ampla, onde seja possível colaborar de forma simples e aproximar as pontas para gerar oportunidades de maneira efetiva, é melhor do que um ambiente formado por diversos elos pequenos.

A nuvem provou que veio para ficar. Quem conseguir ajustar seu modelo de operação ainda tem tempo para colher os ótimos frutos que amadurecem com esse mercado. “A oportunidade é imensa”, constata José Furst, diretor responsável pela Ingram Micro Cloud no Brasil.

A hora é agora

O executivo, porém, aconselha a ser rápido. “Não espere, o negócio está acontecendo agora. Os clientes estão consumindo recursos em cloud, ainda que as revendas não saibam ou entrem nesse tipo de discussão”, enfatiza, para adicionar: “E se você não pegar essa oportunidade, seu concorrente irá pegá-la e será muito difícil recuperar o contrato!”. A ideia, mais do que nunca, é chegar na frente para não chegar tarde demais.

Ingram Micro capacita revendas para a tecnologia cognitiva Watson da IBM

IBM Watson Tech Day reuniu cerca de 60 revendas da Ingram. Participantes passaram por treinamentos para entrar no universo da computação cognitiva

Em parceria com a IBM, a Ingram Micro promoveu, nos dias 26 e 27 de agosto, em São Paulo, o IBM Watson Tech Day. Em uma iniciativa pioneira no Brasil, o evento ofereceu treinamentos comercial e técnico sobre o IBM Watson, considerado um dos computadores mais potentes do mundo. O evento recebeu cerca de 70 revendedores parceiros da Ingram. A julgar pelo sucesso do Tech Day, a nova tecnologia está perto de se tornar realidade no mercado brasileiro.

O Watson é o primeiro sistema de computação cognitiva capaz de interagir com seres humanos por meio da compreensão da linguagem natural e da identificação de padrões de comportamento. O supercomputador ganhou fama mundial em 2011 ao participar do tradicional jogo de perguntas e respostas da TV americana Jeopardy!. Em uma disputa contra dois campeões do programa, o Watson mostrou que não precisava estar conectado à internet para responder qualquer pergunta em menos de três segundos. O computador, é claro, saiu vencedor e levou o prêmio de US$ 1 milhão.

Para chegar ao patamar de astro de TV, o Watson utilizou o processador Power7 de oito núcleos, capaz de suportar 32 tarefas em simultâneo. A capacidade de processamento permite ao computador, por exemplo, gerenciar 500 gigabytes por segundo, o equivalente a mais de 200 milhões de páginas de conteúdo ou um milhão de livros.

Mas, qual o uso prático desse supercomputador para o mercado? Qual o potencial de transformação de toda essa tecnologia na vida das pessoas? Para David Dias, líder de canais e alianças de Watson da IBM Brasil, a nova tecnologia possui tendências disruptivas superiores às da própria internet, reunindo atributos para protagonizar uma nova revolução digital. Em fevereiro de 2015, a IBM anunciou a primeira aplicação comercial do Watson, direcionada a ajudar no tratamento de pacientes de câncer de pulmão no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova Iorque. O sistema era abastecido com informações sobre um paciente específico e cruzava informações com uma enorme base de literatura médico científica, auxiliando oncologistas na tomada de decisão acerca do tratamento mais adequado.

Segundo Dias, o exemplo vindo de Nova Iorque é representativo, mas o Watson foi desenvolvido para explorar universos muito além das aplicações científicas. Além de médicos e pesquisadores, o sistema poderá mudar a rotina de engenheiros, CEOs, linguistas, profissionais das áreas financeira, de serviços e seguro.

“O potencial é ilimitado e pode ser adaptado a qualquer atividade”, diz o executivo. De acordo com Dias, o Watson já possui 32 aplicações práticas em funcionamento, número que deve subir para 50 até o final do ano. A IBM, que já investiu mais de US$ 4 bilhões na nova tecnologia, ultrapassou recentemente a marca de 50 clientes no Brasil.

Para cumprir a projeção de popularizar o sistema até 2021, a IBM aposta em eventos como IBM Watson Tech Day da Ingram Micro para estudo e capacitação de revendedores.

Interessados em operar e comercializar o sistema devem obter duas certificações distintas, uma técnica e outra para vendas. Serão 120 horas investidas em 66 cursos online. “É um diferencial, não para viver o futuro, mas o presente. A computação cognitiva já permeia nosso dia a dia”, reforça Márcia Lerner Leão, gerente da unidade de negócios de IBM Software na Ingram Micro Brasil.

Concurso para aplicações

Durante o evento, a Ingram anunciou mais uma novidade, o concurso Watson Challenge. No desafio, revendedores poderão desenvolver novas aplicações de tecnologia cognitiva dentro do ambiente Watson. Os casos passarão por um julgamento técnico e comercial, que avaliará critérios como importância e valor gerado ao cliente, alcance de aplicabilidade e tecnologias envolvidas.

A melhor aplicação ganhará um prêmio de R$ 10.000. O segundo e terceiro colocados levarão, respectivamente, R$ 5.000 e R$ 2.000. “Vamos estimular o desenvolvimento de aplicações inovadores. O Watson oferece um universo irrestrito de possibilidades para qualquer tipo de negócio”, diz Márcia.

Marketplace de tecnologia em nuvem da Ingram Micro integrará fabricantes e revendedores no Brasil

Plataforma inédita no país criará ecossistema com o objetivo de simplificar o processo de oferta de soluções

A Ingram Micro anunciou no dia 13 de setembro uma novidade que vem inovando o mercado de tecnologia em nuvem no Brasil, o Ingram Micro Cloud Marketplace. A plataforma, inédita no mercado brasileiro, permite que compradores e vendedores interajam em um ecossistema integrado. Ao utilizar a infraestrutura fornecida pela Ingram Micro, parceiros abrem mão da necessidade de investir em uma infraestrutura própria, facilitando a compra, o gerenciamento e a oferta de soluções e serviços na nuvem.

O anúncio foi feito em evento realizado em São Paulo, no espaço Casa Bossa, com a presença de mais de 250 revendas parceiras da Ingram. “Estamos elevando a barra e o padrão da empresa. A Ingram passa da categoria de distribuidora para integradora de soluções”, diz José Furst, diretor da divisão de cloud da Ingram Micro no Brasil.

O executivo explica que estabelecer um canal direto entre fabricantes e revendedores parece tarefa fácil, mas o volume dos serviços adiciona complexidade às rotinas administrativas.

Segundo Furst, a Ingram conta com mais de 600 programadores e engenheiros de software para gerenciar as assinaturas e conectar os usuários à plataforma. “Nosso trabalho é entender as diferentes linguagens dos produtos de cloud e transformar complexidade em simplicidade. Não é um simples formulário ou banco de informações, mas uma poderosa plataforma de integração”, reforça o diretor.

A plataforma chega ao Brasil com soluções de quatro fabricantes: Acronis (tecnologia de backup), BitTitan (de migração de sistemas) e Microsoft (com Azure e Office 365). “Vamos agregar novas ofertas gradativamente, mas de maneira muito rápida”, garante Furst. O roadmap projeta expandir a plataforma com outros grandes fornecedores até o final de 2017. Já estão previstas as entradas da Adobe, Cisco, Dropbox, IBM (SoftLayer), Intel Security (McAfee), Symantec e Trend Micro.

A estratégia

O marketplace é a grande estratégia da Ingram para marcar território no mercado internacional de nuvem. A estreia da plataforma no Brasil ocorre dois anos depois do lançamento global, feito nos Estados Unidos. O país é o terceiro da América Latina a receber a nova tecnologia, já disponível em 19 países ao redor do mundo. Segundo Diego Utge, vice-presidente e executivo chefe da Ingram no Brasil, dos cerca de 9 mil revendedores parceiros no país, pelo menos 1 mil já comercializam soluções em cloud. “A demanda por soluções na nuvem cresce porque acompanha as necessidades das companhias em obter praticidade e redução de custo operacional, de forma flexível.”, aponta Utge.

Para consolidar sua plataforma de marketplace, a Ingram deve reforçar seu papel como elo de ligação entre revendas e fabricantes no atendimento ao mercado. Segundo Nimesh Dave, vice-presidente e executivo global de Cloud da Ingram, o desafio não se limita a criar um sistema rápido e escalável, mas facilitar a vida das revendas enquanto abre portas para fabricantes acessarem uma base cada vez maior de clientes. “O cloud é uma ferramenta de transformação tecnológica e econômica que ditará a competitividade no mercado. Estamos dando um passo à frente”, salienta Dave.

Algumas fotos do evento

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Edutech forum debate uso de tecnologia na educação

Fórum promovido pela Ingram Micro discute os novos caminhos que as instituições de ensino precisam percorrer para inovar o aprendizado dentro e fora da sala de aula

O grande desafio do sistema educacional brasileiro é conseguir aliar os métodos pedagógicos com a tecnologia para trazer inovação ao aprendizado. Com o mundo cada vez mais digital, as instituições de ensino não podem ignorar as mudanças e precisam se adaptar à nova realidade. Esse assunto foi um dos temas amplamente discutidos durante o EduTech Fórum, realizado pela Ingram Micro no dia 1º de setembro, no Hotel Hilton, em São Paulo. Com a decisão de trabalhar por verticais de mercado, oferecendo diversas tecnologias para aplicação em uma indústria específica, a companhia escolheu Educação como o primeiro segmento para promover sua série de Tech Fórum.

Responsável pela estruturação deste novo trabalho, a gerente Luciana Peixoto comentou como a empresa irá atuar neste setor: “Nosso objetivo é entregar uma solução completa, em que é possível encontrar em um só lugar, por meio de nossos canais especializados em educação, tudo o que se necessita para conseguir implantar projetos que agreguem valor à instituição”, afirma Luciana.

As empresas parceiras da Ingram Micro oferecem serviços que possibilitam a implantação de um novo formato de ensino, tanto dentro como fora da sala de aula. Durante o Fórum, Ricardo Santos, Business Development da CISCO, destacou, por exemplo, a utilização de Big Data e Analytics para fazer análise do perfil do aluno e traçar um projeto pedagógico específico a ele. Essa gestão de informação já vem sendo estudada na Argentina, desmistificando que a ação esteja longe de nossa realidade: “Na Argentina, já se fazem estudos práticos nos colégios técnicos sobre como utilizar esses dados para personalizar o ensino para cada aluno.

Cada aluno entende de um jeito, numa velocidade”, ressaltou. Já Ruben Pimenta, diretor de TIC no Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, comentou a necessidade da atualização do método de ensino: “Empoderar o professor é muito mais trabalhoso do que empoderar o aluno. Este já chega inserido num mundo totalmente digital. Se o professor não passar a ensinar de uma forma inovadora, tornando o assunto interessante, rapidamente o aluno perderá a atenção”, avalia o executivo.

Nesse contexto, visando a capacitação desses profissionais, a Microsoft criou o Programa Professores Embaixadores. O diretor de educação da empresa, Antonio Moraes, contou como funciona. “São professores, que fazem parte do quadro de funcionários da empresa, mas que se dedicam a apoiar os educadores da rede pública e privada na adoção da tecnologia.

Se eles usarem uma tecnologia que resulte na economia de uma hora de seu tempo, já é um ganho tremendo. Assim, passam a colocar a tecnologia como parte de seu dia a dia”.

Diego Volpe, gerente de ecossistema educacional da Intel, ressaltou a importância da reflexão sobre qual tipo de educação estamos almejando. “Queremos treinar alunos para passar no vestibular ou ter uma educação mais completa, onde possam contribuir de maneira ampla para a sociedade? Os empregos que existem hoje, provavelmente mudarão daqui a dez anos. Então, quais são as habilidades essenciais que precisam desenvolver nesses alunos? Assim, começa a aplicar metodologias que transformam esse processo”, comentou.

Ele defende que, ao invés de os alunos estudarem as matérias de maneira convencional, podem trabalhar em um projeto, criar contexto: “Ensinar ao invés de só consumir”.

Tecnologia além das salas de aula

Além da relação do professor com o aluno, a tecnologia também pode beneficiar uma instituição de ensino com o gerenciamento de informação. A quantidade de dados de uma empresa dobra a cada ano e ninguém remove conteúdo, por isso esse número cresce de forma espantosa. Marcos Tadeu, gerente de engenharia de vendas da Veritas, comentou que “não é possível falar sobre tecnologia hoje em dia sem falar de Cloud”. A Veritas é um grande provedor de gerenciamento de dados com soluções voltadas à proteção, disponibilidade e conhecimento dessas informações.

No entanto, é necessário garantir a segurança deste conteúdo armazenado em nuvens. Com isso, Felipe Prado, Security Architect da IBM, analisa, que as empresas já vêm se preparando quanto ao Cloud Security. “É uma questão de desafio, uma quebra de paradigma, mas o mercado já está se consolidando com ferramentas de segurança para poder fazer a gestão”, avalia Prado.

Ingram Micro lança solução de gestão e eficiência energética

Ainda durante o EduTech Forum, a Ingram Micro lançou oficialmente a solução de Gestão e Eficiência Energética. De acordo com dados de mercado, os custos com energia elétrica do Brasil estão entre os mais altos do mundo, com grande impacto na indústria e também na área educacional. Ainda assim, há um grande desperdício de energia causado pela falta de controle no uso desse recurso.

Com isso, Daniel Sanchez, da área de Indústrias e Soluções da Ingram Micro, explicou como que a solução desenvolvida pelos parceiros da Ingram pode ajudar as empresas a evitar o desperdício de energia através da correta aplicação das regras de uso definidas pela Instituição. “A solução de Gestão e Eficiência Energética permite que o cliente tenha total visibilidade e controle sobre o uso dos dispositivos elétricos.

Grandes agressores de consumo, como ar condicionado e lâmpadas são conectados a sensores, e passam a ser controlados através do software que contém as regras de uso definidas pela Instituição. Tudo isso é possível porque tornamos os equipamentos elétricos em dispositivos IP, dentro de um conceito amplamente conhecido como IoT (Internet das Coisas em Inglês). Dessa forma, é possível reduzir o consumo de energia em até 40%.”

A companhia também vem trabalhando com os fabricantes OneGrid e Infracenter, para que haja integração de suas plataformas com fabricantes como a CISCO, IBM e Intel, que permitem oferecer diferentes benefícios de acordo com o perfil de cada cliente e financiamentos com instituições do setor.

Mais informações sobre soluções para o segmento de Educação, entre em contato com Luciana Peixoto, Tel: (11) 3508-1617.

Para informações sobre a solução de Gestão e Eficiência Energética, entre em contato com Daniel Sanchez, Tel: (11) 3508-1635.