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Case de sucesso: Preparados para o futuro

A atualização do parque de servidores da Brasil Terminal Portuário foi um grande sucesso. Hoje, a empresa oferece uma operação ainda mais tecnológica e assertiva para seus clientes

Se modernizar e acompanhar as tendências. Dois comportamentos determinantes para empresas que desejam continuar a oferecer uma operação impecável a seus clientes. Fato que sempre esteve muito claro para a Brasil Terminal Portuário (BTP). No início de 2017, o operador foi em busca de um projeto de inovação. O plano não era só substituir seus servidores antigos, mas investir nos equipamentos e experiências mais modernas à disposição.

O objetivo era fazer um verdadeiro upgrade tecnológico no ambiente de tecnologia da informação da empresa. “Baseado nisso, estudamos todas as possibilidades e decidimos trabalhar com um ecossistema totalmente virtualizado e orquestrado pelo Stretched Cluster”, comenta Fabiana Morgante de Alencar, gerente de TI da BTP. Ela explica que, com essa arquitetura, seria possível garantir aos usuários um ambiente protegido pela alta disponibilidade e forte poder de processamento e armazenamento de dados.

BRAÇO DIREITO

Para tirar esse objetivo do papel, a BTP foi a procura dos parceiros ideais. De acordo com Fabiana, o princípio fundamental da empresa é criar relações de parcerias duradouras. Com base em confiança e comprometimento com o sucesso do projeto.

Depois de avaliar muitos cases de sucesso e experiências do mercado, a Gerente de TI explica que a escolha foi um grande diferencial para que o projeto fosse bem-sucedido. “Imprevistos acontecem, e o que faz a diferença é o tempo de resposta e assertividade para tratar cada caso”, explica.

Uma das escolhidas foi a EM2 IT Solutions. A empresa foi responsável por orquestrar, de ponta a ponta, a implementação do projeto de atualização do parque de servidores da Brasil Terminal Portuário. Vlamir Mattiolli Junior, Account Executive da EM2 IT, lembra que o processo começou com o entendimento da real necessidade do cliente. “Trabalhamos para compreender a capacidade computacional da BTP e propomos a modernização necessária para agora e para as demandas do futuro”, diz. Dentro desse contexto, eles recomendaram o que havia de mais adequado para essa atualização dentro do portfólio da Dell EMC, o fornecedor do projeto. “Após o processo de compra e chegada dos equipamentos ter sido concluído, iniciamos a migração”, conta Fabiana. Aqui, o objetivo era fazer a implementação de forma que tudo conversasse entre si, seguindo o que foi desenhado no início do projeto.

O grande desafio para manter esse padrão foi o fato de a empresa ter uma operação que funciona 24 horas e sete dias na semana. Marcos Bernardo, Gerente de Contas da Ingram Micro Brasil, explica que, se a operação parasse, por qualquer motivo, poderia fazer com que caminhões e navios saíssem sem carga ou com ela incompleta. Pois eles precisam seguir seus próprios cronogramas e tempo de parada estipulado.

“Às vezes, na venda temos um cenário, mas na prática é sempre uma surpresa sobre como as coisas vão funcionar. Por isso foi preciso acompanhar tudo de perto”, conta Mattiolli. E para garantir que a dinâmica da operação não parasse, o trabalho de modernização aconteceu de acordo com janelas de manutenção muito bem planejadas. Os primeiros que passaram pela atualização foram os ambientes que permitiam paradas operacionais sem causar indisponibilidade para a área final. Depois, foi a vez dos locais mais críticos, que exigiram muita perícia da equipe para serem concluídos com sucesso. “As áreas ficavam parada por algumas horas, nas quais era preciso fazer exatamente o que foi programado. Não havia espaço para erros”, diz Bernardo.

TECNOLOGIA APLICADA

Fabio Gordon, executivo de vendas para plataformas hiperconvergentes da Dell EMC Brasil

Fabio Gordon, executivo de vendas para plataformas hiperconvergentes da Dell EMC Brasil, afirma que a fornecedora disponibilizou dois cluster de hiperconvergência (Vxrail) em dois sites distintos. Ele explica que foi utilizada a tecnologia de stretched cluster para garantir uma operação continuada das aplicações críticas da Brasil Terminal Portuário.

A arquitetura proposta pelo fornecedor levou em consideração as exigências de capacidade e disponibilidade críticas usadas pela BTP.

Principalmente no que se trata de gestão de fluxos de containers para atender as demandas de negócio, bem como atender as expectativas de confiabilidade e segurança. Todo o trabalho e dedicação dos parceiros garantiram o sucesso do projeto. Durante os meses de atualização, o parque de servidores da Brasil Terminal Portuário foi modernizado em diversos aspectos. Segundo Fabiana, as melhorias mais relevantes foram o Stretched Cluster, a ativação automática do ambiente de redundância, a virtualização dos servidores físicos, a criação de um ambiente de hiperconvergência e a redução de quatro para um rack.

IMPACTO NO CLIENTE

“A tecnologia da Dell EMC aplicada junto com a consultoria da EM2, proporcionou ganhos e benefícios em muitos aspectos ao cliente”, diz Mattiolli. Entre eles, além da grande atualização tecnológica, estão menores custos operacionais, a eficácia energética, redução de footprint, ganho de performance, continuidade de negócios e alta disponibilidade, simplificação de gerenciamento e administração e proteção de investimento.

A modernização do Data Center reforçou o compromisso da Brasil Terminal Portuário com a satisfação de seus clientes, ao garantir a qualidade de seus serviços e o padrão de excelência em todos os aspectos do negócio. O porta-voz da EM2 lembra que o TI é o coração da operação, é ela quem faz tudo funcionar. Por isso, ter um parque de servidores moderno dá muita segurança, além de garantir que tudo funcione apesar das circunstâncias. “Com todo este trabalho trouxemos o cliente para o mais alto patamar da nova geração de tecnologia: a hiperconvergência”, diz.

“A infraestrutura hiperconvergente tem sido a opção das empresas que estão transformando a TI para simplificar a administração e alcançar o melhor desempenho”, conta Gordon. O porta-voz diz que as soluções trouxeram mais capacidade de gerenciamento, desempenho e processamento, o que permite escalar conforme a necessidade da empresa. “Como resultado, a BTP conta com mais agilidade para rodar as aplicações de negócios. O que impacta positivamente na produtividade, na operacionalização e no fluxo dos contêineres nos terminais”.

De acordo com Fabiana, a atualização do ambiente da BTP trouxe alta disponibilidade. Ela explica que, com isso, foi possível garantir que todas as operações do terminal estejam cobertas e que não haverá falta de tecnologia para os clientes, tanto internos quanto externos.

Este case foi produzido pela Ingram Micro Brasil e veiculado na 7ª Edição – Ano 3 da revista IM Magazine.

A nova era da Automação Comercial

Com o avanço das soluções, preços mais acessíveis e mudança de cultura de empresários e dos consumidores, novas tecnologias conquistam o mercado brasileiro

O primeiro supermercado do Brasil a utilizar impressoras inteligentes de recibos para web é uma pequena rede varejista do interior de Santa Catarina, o Vipi Supermercados. Desde a implementação da tecnologia, em janeiro de 2017, a rede reduziu em 20% o tempo de espera de seus clientes nas filas e em 90% os custos de manutenção com a nova solução, fabricada pela Epson, um dos principais parceiros da Ingram Micro. Com CPU já integrado, os compactos terminais all-in-one (tudo em um) dispensam conexão com um computador, garantindo agilidade nas impressões e maior espaço de trabalho para os operadores. O movimento da rede Vipi representa muito além de uma aposta da varejista numa nova solução – o investimento da rede simboliza a democratização das tecnologias de automação comercial a pequenas e médias empresas, antes restritas às indústrias sobretudo de grande porte. Entender essa nova dinâmica de mercado é o ponto de partida para aproveitar as oportunidades de um setor que já movimenta mais de R$ 214,8 bilhões, valor semelhante à geração de riquezas do Estado de Santa Catarina. É nesse mercado que a Ingram Micro amplia suas apostas também, em busca do melhor posicionamento junto com os principais fabricantes e importantes players do Brasil e no mundo.

Os primeiros momentos da automação comercial no Brasil, ainda no final da década de 1970, foram marcados por caixas registradoras totalmente mecânicas. A década seguinte trouxe os modelos eletrônicos analógicos e os primeiros leitores de códigos de barras, mas os preços altos e a difícil manutenção ainda impediam a popularização desses equipamentos no País. O mercado evoluiu e a dinâmica do passado agora contrasta com as profundas transformações do presente. Os pontos de vendas do varejo já passaram a incorporar integração e mobilidade, conceitos que norteavam principalmente o ambiente de Tecnologia da Informação (TI).

Nesse novo cenário, balanças, leitores de códigos de barras e checkouts, por exemplo, estão se transformando em poderosas soluções para a redução de custos e o aumento dos ganhos operacionais, da produtividade e eficiência das empresas de todos os portes. À medida que se torna mais abrangente e democrática, a aplicação da automação comercial avança no Brasil. “Varejistas que consideravam automação comercial apenas como controle de perdas hoje encaram as soluções como ferramentas de gestão e competitividade no mercado”, avalia Luis Lourenço, Diretor de Soluções Avançadas da Ingram Micro Brasil.

Uma das tendências desse novo varejo, diz o executivo da subsidiária brasileira, são as soluções de realidade aumentada. Essa mistura do mundo real com o virtual, antes restrita aos games e filmes de ficção científica, chegou aos centros de distribuição. Utilizando óculos especiais equipados com câmera e GPS, operadores conseguem localizar produtos em grandes áreas e dar baixa automaticamente. Já nos supermercados, é intensa a adesão aos self-checkouts, equipamentos que permitem ao cliente fazer todos os processos da compra sem o auxílio de um atendente. Agora, também já é possível automatizar uma empresa no Brasil com custos mais baixos e fácil manutenção.


As oportunidades

Atenta aos movimentos desse mercado, a Ingram Micro Brasil estruturou em 2013 uma divisão interna para fortalecer o relacionamento com canais de automação comercial (AC) e identificação e coleta automática de dados (AIDC). Operada por 15 profissionais, a divisão vem dobrando de tamanho desde a sua criação, com expectativas de repetir o desempenho em 2017.

Segundo Dagoberto Bianchi, Gerente de Vendas de Automação Comercial da Ingram Micro Brasil, soluções antes procuradas apenas por grandes varejistas passaram a despertar atenção de pequenas e médias redes, dando mais gás para expansão do mercado. “Agora todo mundo quer investir em gestão, a tecnologia está mais barata e mais abrangente”, explica Bianchi. Dos mais de 70 fabricantes de TI parceiros da Ingram Micro no mercado brasileiro, 17 são voltados exclusivamente ao segmento de automação comercial. “Enxergamos novas oportunidades de venda a partir da profissionalização do mercado”, explica o gerente.

O crescimento mais recente do mercado de automação no Brasil coincide também com a obrigatoriedade de implementações da Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) e do Sistema Autenticador e Transmissor de Cupons Fiscais Eletrônicos (SAT). Adotada em diversos estados, a nova legislação impulsionou a expansão do uso de soluções de impressão portáteis por varejistas, que passaram a ter que documentar eletronicamente as operações comerciais de seus pontos de venda.

De acordo com Nelson Miyashita, Gerente da Divisão de Produtos DCPOS da Ingram Micro Brasil, as novas exigências do fisco estimularam a aproximação da distribuidora com parceiros regionais. A subsidiária brasileira aproveitou a oportunidade para iniciar um processo de catequização pelo País, auxiliando revendas a gerar demanda nos seus clientes finais.

Na opinião de analistas, iniciativas como a da Ingram Micro têm dado a oportunidade para os varejistas descobrirem como extrair vantagens valiosas dos novos equipamentos. “Automação deixou de ser obrigação e virou necessidade para quem quer gerir melhor o seu negócio.”, diz Orvile Pompeu, Gerente de Canais e Distribuição da Gertec, especializada em tecnologia comercial e bancária.

Luis Lourenço, Diretor de Soluções Avançadas da Ingram Micro Brasil

Luis Lourenço, Diretor de Soluções Avançadas da Ingram Micro Brasil

Dagoberto Bianchi, Gerente de Vendas de Automação Comercial da Ingram Micro Brasil

Dagoberto Bianchi, Gerente de Vendas de Automação Comercial da Ingram Micro Brasil

Nelson Miyashita, Gerente da Divisão de Produtos DCPOS da Ingram Micro Brasil

Nelson Miyashita, Gerente da Divisão de Produtos DCPOS da Ingram Micro Brasil

Orvile Pompeu, Gerente de Canais e Distribuição da Gertec

Orvile Pompeu, Gerente de Canais e Distribuição da Gertec

 

A realidade brasileira

Quando estabelecimentos comerciais foram obrigados a implementar terminais de consulta de preços, em 2006, a uma distância mínima de 15 metros, muitos varejistas reprovaram a determinação. Hoje, supermercados e livrarias aproveitam a evolução dos equipamentos para proporcionar uma nova experiência do cliente com o produto e o estabelecimento. Além de consultar os preços, alguns terminais realizam pesquisas de satisfação, sugerem novos produtos e até transmitem propagandas. Pompeu adianta que a Gertec continua investindo na sua linha de terminais de consulta e promete para este ano ainda um terminal Android, que traz diversas facilidades para software houses desenvolverem as mais diversas aplicações.

De acordo com Vanderlei Ferreira, Country Manager da Zebra Technologies no Brasil, também parceiro da Ingram Micro, o grande desafio para o setor no País ainda é a alta carga tributária. Segundo Ferreira, empresas de outros países têm acesso a tecnologias a custos operacionais reduzidos, com retorno mais imediato do investimento para o cliente e todos os players da cadeia. Para Isac Berman, Diretor de Vendas da Honeywell Brasil, as atuais taxas de impostos de importação são o último entrave para popularizar de vez as tecnologias no País. Para Berman, o setor deveria se articular para pleitear condições especiais de isenção junto ao governo, com o objetivo de abrir espaço para a colocação de produtos a preços mais acessíveis no mercado nacional.

Segundo Zenon Leite Neto, Presidente da Autocom, principal feira de automação comercial da América Latina, realizada em São Paulo em abril, apenas 15% do mercado brasileiro é automatizado. O percentual é modesto em comparação a países como Estados Unidos e Japão, mas o potencial de crescimento do segmento no Brasil pode reduzir a disparidade já nos próximos anos. “Querer experimentar novidades tecnológicas faz parte da cultura latina”, afirma Alfred Navarro, Diretor de DC/POS Global & Vendor Engagement Latin America da Ingram Micro. Para o executivo, faz parte do DNA do varejo brasileiro o costume de testar tecnologias inovadoras em seus mercados. “Notamos que hoje as empresas menores estão sendo engajadas de maneira mais intensa”, diz Navarro.

Essa mudança na mentalidade dos empresários e dos consumidores brasileiros e a aceleração do mercado de automação comercial no País estimularam a Epson a considerar o lançamento de novas linhas de soluções para o Brasil, onde a venda de seus produtos cresceu 40% nos últimos 12 meses. Segundo Mateus Larrabure, Especialista de Produtos da Epson, a demanda por impressoras portáteis, até então pouco difundidas no País, dobrou entre pequenos varejistas. “Motivados pela perda de clientes em lojas físicas, proprietários de cafés, bares e mercados estão se movimentando para tornar a experiência de compra mais atrativa”, diz Larrabure.

Vanderlei Ferreira, Country Manager da Zebra Technologies no Brasil

Vanderlei Ferreira, Country Manager da Zebra Technologies no Brasil

Isac Berman, Diretor de Vendas da Honeywell Brasil

Isac Berman, Diretor de Vendas da Honeywell Brasil

Zenon Leite Neto, Presidente da Autocom

Zenon Leite Neto, Presidente da Autocom

Mateus Larrabure, Especialista de Produtos da Epson

Mateus Larrabure, Especialista de Produtos da Epson

Convergência

Do ponto de vista de fabricantes e distribuidores, as mudanças culturais exigem mais convergência e conhecimento das novas tecnologias. “Em parceria com nossos canais, conseguimos levar aos clientes soluções tão avançadas quanto as utilizadas nos países mais desenvolvidos”, garante Luis Lourenço. Apesar de desembarcarem tardiamente no País, as principais inovações de automação chegam aqui mais maduras, uma vez já submetidas a testes e adaptações em outros mercados pelo mundo.

Mesmo voltadas para se adaptar ao varejo, soluções de automação estão sendo desenvolvidas para beneficiar qualquer segmento de mercado. Setores como serviços, financeiro, agronegócio, indústria e construção civil estão automatizando suas atividades para otimizar tempo, custos, segurança e transparência. “O conceito da vez é integração, todos os players usando a transformação tecnológica para resolver os problemas do cliente”, conclui Lourenço. O Brasil e a Ingram Micro não ficarão por fora das novas tendências.

 

A Consolidação da Nuvem

Mercado já começa a virar a página de evangelização, e cloud computing se consolida com um novo padrão na adoção de TI. É preciso se posicionar agora para não perder essa oportunidade

Inovações tecnológicas vêm como ondas: levam algum tempo para se formar, atingem seu  pico e estouram poderosamente quando adotadas de forma massiva. Cloud computing extrapola essa metáfora. Por sua magnitude e poder de disrupção, o modelo se assemelha a um tsunami, que agora se consolida e chega com força total para revolucionar diversos mercados.

Depois de anos de evolução, o conceito atingiu um novo patamar e passa a ser uma realidade presente no dia a dia de praticamente todas as organizações ao redor do mundo. No Brasil e em toda a América Latina, isso não é diferente. Segundo uma pesquisa da Frost & Sullivan, que ouviu mais de 500 executivos, apenas 8% das companhias latino-americanas não utilizam sequer um serviço em nuvem.

O cenário reforça a ideia de que SaaS, IaaS e PaaS (siglas para software, infraestrutura e plataforma “as a services”, respectivamente) se aprofundam dentro das estruturas empresariais a ponto de virar um novo padrão.

A possibilidade de consumir recursos de TI de forma escalável e no modelo “pague pelo que usar” capturou a atenção dos executivos, que buscam otimizar custos, ganhar eficiência e ter agilidade e flexibilidade para proporem inovações que lhes ajudem a responder às demandas de um mercado globalizado e extremamente competitivo.

Na opinião de especialistas do Gartner, até 2020, uma empresa que não utiliza nenhum recurso em nuvem será algo tão raro quanto uma companhia sem conexão à web nos dias de hoje. Ainda de acordo com a consultoria, isso ocorrerá porque a indústria está se ajustando dentro de uma postura estratégica, chamada de “cloud-first” ou até mesmo “cloud-only” para composição de seu portfólio.

A expectativa é que até 2019, mais de 30% dos maiores fabricantes de TI do mundo já tenham completado a transição de suas linhas de produtos e adaptado todas as suas ofertas para rodarem em modelo de nuvem, que será virtualmente a opção padrão para quem quiser comprar infraestrutura, aplicações e softwares.

É possível acompanhar esse movimento sem grande esforço. Quando olhamos para o mercado, ano após ano, conseguimos mapear claramente os anúncios cada vez mais intensos nesse sentido, vindo de gigantes de TI como Oracle, HP, IBM, EMC, Microsoft, SAP, Symantec, Cisco e muitas outras.

A constância do crescimento anual das receitas com cloud observada nos últimos anos – que giram em patamares entre 20% e 30% (ou seja, índices muito acima do crescimento das receitas no mercado geral de TI) – é outro fator tangível da solidez da evolução da nuvem no mercado brasileiro.

Isso se intensifica com o aumento da oferta de ferramentas, que leva os usuários de um contexto de “cloud enabled” para o “cloud native”, ou seja, trocam investimentos pontuais no modelo para criarem uma abordagem onde o conceito é a premissa fundamental em sua estratégia digital de longo prazo. E essa é a nova realidade da nuvem.

O novo padrão

 

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O momento mostra que o mercado já começa a virar a página de evangelização. “Em diversas indústrias, essa conversa já passou”, resume Marcela Vairo, diretora de canais da IBM da Brasil, observando que não há mais tantas dúvidas conceituais e que os aspectos inibidores usados como argumento pelos compradores até pouco tempo começam a cair por terra em temas como segurança e governança de dados.

Em um primeiro momento – que podemos chamar de experimentação e descoberta do modelo – era confortável para as companhias usarem recursos cloud isolados, agora será necessário conectar essas peças para, então, rodar uma solução mais completa e aderente aos processos e rotinas de negócio.

A intensificação no uso de recursos em nuvem pelas empresas exigirá uma transformação da cadeia de suprimento.

À medida que passa a ser algo mais comum e presente nas rotinas empresariais, as companhias requerem integração entre as ferramentas. Não haveria de ser diferente. Rodrigo Garcia, gerente de canais da provedora de ferramentas de segurança da informação Trend Micro, observa o mercado ganhar corpo. “É uma questão de amadurecimento”, sintetiza o executivo. E essa maturidade tem deixado o mundo, por um lado, mais complexo.

“As nuvens se conectam entre si e se conectam com ambientes locais”, observa Marco Sena, diretor de vendas de soluções cloud da Cisco para América Latina, reforçando a ideia de que as empresas não adotarão apenas um modelo (a tendência aponta para ambientes híbridos) e, sequer, apenas produtos de um único fornecedor de cloud pública.

Essa é outra peculiaridade do momento pelo qual passa o mercado, desencadeando ajustes sistêmicos. Entregar soluções abrangentes, que contemplam ferramentas de mais de um fabricante, passa longe de ser trivial. Porém, inegavelmente, abre novas portas para geração de receitas.

É cada vez mais factível e necessário fazer vendas cruzadas de soluções para um cliente. “Com a nuvem, os canais conseguem potencializar suas margens e flexibilizar a disponibilidade de seus produtos e ofertas”, comenta Victor Gureghian, líder de canais da Microsoft no Brasil.

A ideia é que, por trás de um projeto de infraestrutura ou software como serviço, há uma oportunidade extra de agregar produtos complementares como, por exemplo, uma camada de serviço que, de um lado facilitará a vida dos usuários enquanto, de outro lado, aumentará a lucratividade do canal.

Sena, da Cisco, concorda. “Projetos de TI sempre exigirão a presença de uma empresa com conhecimento profundo para ajudar o cliente na transição a esse novo mundo”, acrescenta.  Entra em cena a figura do trusted advisor, aquele canal que além de vender tecnologia, é capaz de ajudar o cliente em sua jornada rumo a cloud, dando os direcionamentos para que aquela empresa vença a partir do uso de tecnologias nesse novo modelo de negócios.

Além disso, nesse contexto, emerge a necessidade de promover sinergias e maior correlação entre diversos elos da cadeia de fornecimento para geração de valor ao mercado. Criar um ecossistema passa a ser primordial. Essa estruturação contempla, nas pontas, os fabricantes e as revendas de TI.

No meio, estabelecendo a ponte entre esses dois organismos, encontram-se os distribuidores, que ganham cada vez mais espaço e desempenham função fundamental no ambiente de cloud.

A camada intermediária cumpre o papel de agregador de soluções de múltiplos vendors e assume a posição para facilitar o trabalho dos canais, reduzindo complexidade a partir de modelos padronizados de gestão, além de prover ferramentas que permitam que os canais aproveitem as oportunidades e sinergias, bem como facilitar a integração de tecnologias em seus clientes.

Importância dos ecossistemas

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Para a Oracle, está cada vez mais claro para o mercado que a adoção de cloud para que as empresas sejam mais competitivas e ágeis é primordial. “Por isso, nosso ecossistema tem sido preparado para encarar esta realidade com muito foco. Sabemos que para estarmos à frente, precisamos considerar que cloud é uma grande demanda e gera volume”, afirma Francislaine Muratorio, vice-presidente de Alianças e Canais da Oracle América Latina da Oracle. Além disso, Francislaine avalia, atuar com rapidez é uma estratégia crucial, bem como estar atento às possibilidades de que a oferta dá a oportunidade de ampliar a cobertura. Dentro deste contexto, os canais têm uma oportunidade enorme de aumentar seus planos de negócios, não só atendendo a esta demanda, mas também criando ofertas com outras soluções do amplo portfólio de produtos da Oracle.

“Nosso trabalho tem apoiado fortemente o ecossistema nesta transformação digital com muita capacitação não somente em vendas, pré-vendas, mas principalmente com capacitação técnica, a fim de garantir a qualidade na entrega dos serviços. Além do foco em solução, estamos dando visibilidade a diversas referências e casos de sucesso que destacam como transformar a empresa de on premise a cloud, quais os perfis a serem recrutados, como devem ser as propostas aos clientes, gerenciamento de projetos, suporte ao serviço prestado, entre outros. Em resumo, trabalhamos lado a lado para que os parceiros ajudem os clientes nesta transformação alinhados com a sólida estratégia da Oracle”, diz a executiva.

Indo um pouco mais a fundo nessa questão, de um lado temos os fabricantes, que precisam de um ecossistema forte de revendas para apoiá-los em suas estratégias de ida ao mercado. Ter essa base de aliados constitui-se em uma fortaleza para vencer enquanto o mundo migra para a nuvem.

Na outra ponta, os canais precisam evoluir sua camada de ofertas para entregar soluções mais amplas, que atendam as demandas desses clientes. Com a evolução do conceito de cloud, percebemos que dificilmente uma única marca resolverá todas as demandas de negócios de uma empresa.

No fim do dia, somente um grande número de parceiros capacitados permitirá que a indústria de TI esteja apta a cobrir o mercado, capturando oportunidades horizontais (por geografia) e/ou verticais (por indústria). Logo, conectar ferramentas de múltiplos vendors é fundamental, porém não é uma tarefa simples, especialmente pela complexidade de gestão trazida pelo relacionamento descentralizado, com condições contratuais e de níveis de serviços estabelecidos particularmente com cada um desses fabricantes.

E é justamente aí que o distribuidor de tecnologia assume papel fundamental: agregando soluções e unindo as pontas desse ecossistema cloud. A ideia é que uma rede ampla, onde seja possível colaborar de forma simples e aproximar as pontas para gerar oportunidades de maneira efetiva, é melhor do que um ambiente formado por diversos elos pequenos.

A nuvem provou que veio para ficar. Quem conseguir ajustar seu modelo de operação ainda tem tempo para colher os ótimos frutos que amadurecem com esse mercado. “A oportunidade é imensa”, constata José Furst, diretor responsável pela Ingram Micro Cloud no Brasil.

A hora é agora

O executivo, porém, aconselha a ser rápido. “Não espere, o negócio está acontecendo agora. Os clientes estão consumindo recursos em cloud, ainda que as revendas não saibam ou entrem nesse tipo de discussão”, enfatiza, para adicionar: “E se você não pegar essa oportunidade, seu concorrente irá pegá-la e será muito difícil recuperar o contrato!”. A ideia, mais do que nunca, é chegar na frente para não chegar tarde demais.

Ingram Micro capacita revendas para a tecnologia cognitiva Watson da IBM

IBM Watson Tech Day reuniu cerca de 60 revendas da Ingram. Participantes passaram por treinamentos para entrar no universo da computação cognitiva

Em parceria com a IBM, a Ingram Micro promoveu, nos dias 26 e 27 de agosto, em São Paulo, o IBM Watson Tech Day. Em uma iniciativa pioneira no Brasil, o evento ofereceu treinamentos comercial e técnico sobre o IBM Watson, considerado um dos computadores mais potentes do mundo. O evento recebeu cerca de 70 revendedores parceiros da Ingram. A julgar pelo sucesso do Tech Day, a nova tecnologia está perto de se tornar realidade no mercado brasileiro.

O Watson é o primeiro sistema de computação cognitiva capaz de interagir com seres humanos por meio da compreensão da linguagem natural e da identificação de padrões de comportamento. O supercomputador ganhou fama mundial em 2011 ao participar do tradicional jogo de perguntas e respostas da TV americana Jeopardy!. Em uma disputa contra dois campeões do programa, o Watson mostrou que não precisava estar conectado à internet para responder qualquer pergunta em menos de três segundos. O computador, é claro, saiu vencedor e levou o prêmio de US$ 1 milhão.

Para chegar ao patamar de astro de TV, o Watson utilizou o processador Power7 de oito núcleos, capaz de suportar 32 tarefas em simultâneo. A capacidade de processamento permite ao computador, por exemplo, gerenciar 500 gigabytes por segundo, o equivalente a mais de 200 milhões de páginas de conteúdo ou um milhão de livros.

Mas, qual o uso prático desse supercomputador para o mercado? Qual o potencial de transformação de toda essa tecnologia na vida das pessoas? Para David Dias, líder de canais e alianças de Watson da IBM Brasil, a nova tecnologia possui tendências disruptivas superiores às da própria internet, reunindo atributos para protagonizar uma nova revolução digital. Em fevereiro de 2015, a IBM anunciou a primeira aplicação comercial do Watson, direcionada a ajudar no tratamento de pacientes de câncer de pulmão no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova Iorque. O sistema era abastecido com informações sobre um paciente específico e cruzava informações com uma enorme base de literatura médico científica, auxiliando oncologistas na tomada de decisão acerca do tratamento mais adequado.

Segundo Dias, o exemplo vindo de Nova Iorque é representativo, mas o Watson foi desenvolvido para explorar universos muito além das aplicações científicas. Além de médicos e pesquisadores, o sistema poderá mudar a rotina de engenheiros, CEOs, linguistas, profissionais das áreas financeira, de serviços e seguro.

“O potencial é ilimitado e pode ser adaptado a qualquer atividade”, diz o executivo. De acordo com Dias, o Watson já possui 32 aplicações práticas em funcionamento, número que deve subir para 50 até o final do ano. A IBM, que já investiu mais de US$ 4 bilhões na nova tecnologia, ultrapassou recentemente a marca de 50 clientes no Brasil.

Para cumprir a projeção de popularizar o sistema até 2021, a IBM aposta em eventos como IBM Watson Tech Day da Ingram Micro para estudo e capacitação de revendedores.

Interessados em operar e comercializar o sistema devem obter duas certificações distintas, uma técnica e outra para vendas. Serão 120 horas investidas em 66 cursos online. “É um diferencial, não para viver o futuro, mas o presente. A computação cognitiva já permeia nosso dia a dia”, reforça Márcia Lerner Leão, gerente da unidade de negócios de IBM Software na Ingram Micro Brasil.

Concurso para aplicações

Durante o evento, a Ingram anunciou mais uma novidade, o concurso Watson Challenge. No desafio, revendedores poderão desenvolver novas aplicações de tecnologia cognitiva dentro do ambiente Watson. Os casos passarão por um julgamento técnico e comercial, que avaliará critérios como importância e valor gerado ao cliente, alcance de aplicabilidade e tecnologias envolvidas.

A melhor aplicação ganhará um prêmio de R$ 10.000. O segundo e terceiro colocados levarão, respectivamente, R$ 5.000 e R$ 2.000. “Vamos estimular o desenvolvimento de aplicações inovadores. O Watson oferece um universo irrestrito de possibilidades para qualquer tipo de negócio”, diz Márcia.